quinta-feira, 21 de maio de 2015

MITOLOGIA GREGA I - OS DOZE DEUSES OLÍMPICOS

mitologia é um dos aspectos mais fascinantes da cultura grega. Apesar das grandes criações culturais: Filosofia, Teatro, Democracia, entre outras, os gregos tinham um apego muito grande aos seus deuses, a quem reverenciavam e atribuía um papel muito próximo ao ser humano. Aliás, a semelhança entre deuses e humanos é um dos aspectos do humanismo grego.


CRONOS




Na mitologia grega,o antigo deus  Cronos, cujo nome significa Tempo era a principal divindade da primeira geração de titãs. Estava relacionado com a agricultura e também o tempo. Filho de Urano (o Céu) e Gaia (a Terra) que uniram-se e geraram a primeira raça, os Titãs ou deuses da Terra, entre os quais Cronos era o mais jovem.  Urano considerava a sua progênie com horror, pois eram todos feios, imperfeitos e de carne. Por conseguinte, ele trancou os Titãs nas profundezas do Submundo para que não ofendessem a seus olhos.  Gaia irritou-se e planejou vingar-se do marido,  de seu peito retirou uma pedra de sílex e modelou uma afiada foice que ela deu ao astuto Cronos, seu filho mais jovem. Ao cair da noite, Urano chegou em casa como de costume; enquanto seu pai dormia, com a ajuda de sua mãe, Cronos armou-se da foice e castrou Urano, jogando seus genitais ao mar.


 De acordo com a mitologia, Cronos tirou seu pai do poder, libertou seus irmãos e tornou-se soberano da Terra. Casou-se com a irmã Reia e governou durante a Idade Dourada da mitologia.


Cronos então  sob o seu longo e paciente reinado o trabalho da Criação foi completado. Essa época na Terra ficou conhecida como a Era de Ouro, em razão da abundância sobre a qual Cronos presidia. Como deus do Tempo, ele presidiu e administrou a passagem das estações, o nascimento e o crescimento seguidos pela morte, gestação e renascimento; era venerado tanto como o Anjo da Morte, que estabelecia os limites que o homem e a natureza não podiam ultrapassar, quanto o deus da fertilidade. Mas o próprio Cronos não podia aceitar as leis cíclicas que havia estabelecido, pois Cronos temia uma profecia segundo a qual seria tirado do poder por um de seus filhos, como fizera com o seu próprio pai Urano. 


 De acordo com a mitologia,  de temperamento violento e negativo, Cronos passou  a matar e devorar todos os filhos assim que nasciam, gerados com Reia , para que pudesse preservar o seu domínio.  Porém, a mãe conseguiu salvar um deles, Zeus, escondendo-o numa caverna da ilha de Creta.  Para enganar Cronos, Reia deu a ele uma pedra embrulhada num pano que ele comeu sem perceber.


 Ao crescer, Zeus libertou os titãs e com a ajuda deles fez Cronos vomitar os irmãos (Hades, Hera, Héstia, Poseidon e Deméter). Zeus, com a ajuda dos irmãos e dos titãs, expulsou Cronos do Olimpo e governou como o rei dos deuses gregos. Como tinha derrotado o pai Cronos, que simbolizava o tempo, Zeus tornou-se imortal, poder estendido também aos irmãos.


  Na mitologia romana, Cronos é conhecido como Saturno. 


 Cronos era considerado um deus na mitologia pré-helênica. Seu poder perdurou até ser derrubado pelos filhos Zeus, Poseidon e Hades. 
Alguns dizem que Cronos foi banido para as profundezas do Submundo, mas outros dizem que foi para as Ilhas Abençoadas onde dorme, esperando o início de uma nova Era de Ouro.


OS DOZE DEUSES OLÍMPICOS




A composição clássica dos doze deuses olímpicos inclui os seguintes deuses: Zeus, Hera, Poseidon, Atena, Ares, Deméter, Apolo, Ártemis, Hefesto, Afrodite, Hermes e Dioniso.

 Os doze deuses romanos correspondentes eram Júpiter, Juno, Neptuno, Minerva, Marte, Ceres, Febo, Diana, Vulcano, Vénus, Mercúrio e Baco. Hades, que na mitologia romana corresponde a Plutão, não era geralmente incluído nesta lista. Não tinha assento no panteão porque passava a maior parte do seu tempo nos Infernos. Também costuma aparecer entre os doze Héstia , conhecida como Vesta entre os romanos. Quando foi dado lugar a Dioniso, o número total de Olímpicos passou a ser treze. Sendo tal número indesejável, e de modo a evitar conflitos, Héstia abdicou do seu lugar entre os doze.





ZEUS




Zeus é o principal deus da mitologia grega. Era considerado, na Grécia Antiga, como o deus dos deuses, o  governante do Monte Olimpo. O nome Zeus em grego antigo significava “rei divino”. E os gregos chamavam de Pai de Todos, criador do mundo e soberano dos deuses e dos homens.


 Na Mitologia, Zeus era o filho mais jovem dos Titãs Cronos e Reia. Uma profecia havia sido revelada a Cronos de que, um dia, um de seus filhos o destronaria e ocuparia o seu lugar. Para se salvaguardar, ele decidiu destruir os seus filhos e, durante cinco anos seguidos, à medida que Reia dava à luz os seus filhos e filhas, Cronos os arrancava de seus braços e os engolia antes que abrissem os olhos.


É claro que isso não agradava Reia que, quando soube que um sexto filho estava para nascer, fugiu secretamente para Arcádia e, em uma gruta, deu à luz Zeus. Então, ela envolveu uma grande pedra em faixas e apresentou-a a Cronos como seu filho. Ele imediatamente a engoliu. Com o tempo, Zeus cresceu e apresentou-se a Cronos disfarçado de copeiro. Ele preparou uma poção para o seu pai a qual o enjoou tão violentamente que vomitou as cinco crianças ilesas, as quais havia engolido, assim como a pedra que Reia lhe havia levado no lugar de Zeus.  Zeus então levou seus irmãos e irmãs a uma rebelião contra Cronos e, destronando-o, inaugurou um novo reinado.

Em seguida Zeus libertou os irmãos de Crono, os Gigantes, os Hecatônquiros e os Ciclopes, que estavam aprisionados num calabouço no Tártaro, após matar Campe, o monstro que os vigiava.


Para mostrar seu agradecimento, os Ciclopes lhe presentearam com o trovão e o raio, que haviam sido escondidos anteriormente por Gaia. Zeus então, juntamente com seus irmãos e irmãs, os Gigantes, Hecatônquiros e Ciclopes, depuseram Crono e os outros Titãs, durante a batalha conhecida como Titanomaquia. Os Titãs, após serem derrotados, foram despachados para o Tártaro, enquanto um deles, Atlas, foi condenado a segurar permanentemente o céu.

Após a batalha contra os Titãs, Zeus dividiu o mundo com seus irmãos mais velhos, Poseidon e Hades: Zeus ficou com o céu e o ar, Poseidon com as águas e Hades com o mundo dos mortos (o mundo inferior). A antiga Terra, Gaia, não podia ser dividida, e portanto ficou para todos os três, de acordo com suas habilidades - o que explica porque Poseidon era o "sacudidor da terra" (o deus dos terremotos), e Hades ficava com os humanos que morreram 


Gaia, no entanto, não aprovou a maneira com que Zeus tratou os Titãs, seus filhos; logo após assumir o trono como rei dos deuses, Zeus teve de combater outros filhos de Gaia: o monstro Tifão e a Equidna. Zeus derrotou Tifão, aprisionando-o sob o Monte Etna, porém poupou a vida de Equidna e seus filhos.


O novo rei dos deuses fez do Monte Olimpo a sua morada e estabeleceu uma hierarquia de deuses que obedeciam à sua lei suprema.




 Era o senhor do céu e o deus da chuva, seus símbolos de poder eram o trovão e o raio, aquele que tinha o terrível poder do relâmpago. A tempestade representava a sua fúria. Sua arma era o raio e sua ave a águia, animal em que costumava se transformar. 


 Zeus era um tanto mulherengo e seu espírito volátil, fogoso e dissoluto expressou-se não somente nas tempestades elétricas, mas também nas muitas amantes que ele perseguiu e nos muitos filhos que gerou. Teve diversas esposas e casos com deusas, ninfas e humanas, tendo vários filhos semi-deuses. A mitografia olímpica lhe credita com uniões com Leto, Deméter, Dione e Maia. Entre as mortais com quem ele teria se relacionado estavam Sêmele, Io, Europa e Leda.




Zeus casou-se com a deusa e irmã Hera (deusa do casamento). Hera, não é do tipo muito amável, e suas principais características são a inveja, obstinação, e uma disposição a brigas, que às vezes fazia com que o seu próprio marido tremesse. Daí surgem conflitos frequentes entre Hera e Zeus.



Na mitologia Zeus também possuía uma personalidade forte, orgulho e  ciúmes com relação a Hera. E certa vez Íxion, que tinha sido rei dos Lápitas, se apaixonou por Hera e tentou estuprá-la.  


Quando Hera contou a Zeus, ele quis verificar se  realmente era verdade, então ele fez uma nuvem se parecer com Hera e colocou-o ao lado de Ixion. Quando Ixion alardeou para todos que ele tinha dormido com Hera, Zeus irritado, o castigou, amarrando-o em uma roda, lançou no tártaro condenado a nela girar pela eternidade. 

E em uma ocasião Hera, em conjunto com Poseidon e Atena, colocam Zeus preso.  Zeus,  não só a ameaça, mas bate nela; quando depois de preso, ele foi capaz de sair das nuvens, com as mãos acorrentadas, e com duas bigornas suspenso de seus pés. Ela  assustada com suas ameaças, e cede quando ele está com raiva; e quando ela é incapaz de obter os seus fins de qualquer outra forma, ela recorre à astúcia e intrigas. Assim, ela pede emprestado o cinto de Afrodite, que tem o poder de encanto e fascínio, para excitar o amor de Zeus. Com Hera teve três filhos: Ares, Hebe e Hefesto, e mais tarde Ilitia e Éris foram reconhecidas como filhas do casal. 


Diversos mitos mencionam o sofrimento de Hera com o ciúme gerado por estas conquistas amorosas, e a descrevem como uma inimiga consistente das amantes de Zeus e de seus filhos. Por algum tempo uma ninfa chamada 

Eco foi encarregada de distrair Hera falando incessantemente, afastando assim sua atenção dos casos amorosos de seu marido; quando Hera descobriu o estratagema, condenou Eco a repetir permanentemente as palavras de outras pessoas

Zeus de acordo com a mitologia grega, teve várias amantes (deusas e mortais) e vários filhos destes relacionamentos. Os filhos mais conhecidos de Zeus são: Apolo (deus da medicina e da luz), Atenas (deusa da sabedoria , da estratégia e da justiça), Hermes (deus do comércio e dos viajantes), Perséfone (deusa do mundo subterrâneo), Dionísio (deus do vinho) , Herácles (herói grego) , Helena (princesa grega) , Perseu(fundador da mítica cidade-estado de Micenas), Minos (rei de Creta) e Hefesto (deus do fogo). E   entre eles estava  Diké (deusa da lei natural), as três Moiras ou Parcas (deusas do destino) e as nove Musas (que presidem as artes liberais). 




Entre os deuses romanos, na mitologia romana, Zeus era conhecido como Júpiter, possuindo as mesmas características e atributos da mitologia grega.






O que representava e importância:



Na mitologia grega Zeus é o deus principal, rei dos deuses e dos homens. De acordo com a crença dos gregos antigos, Zeus ficava no Monte Olimpo governando tudo o que acontecia na Terra. Sua esposa, Hera, deusa do casamento e dos nascimentos, reinava como a sua consorte. Zeus concedia o bem e o mal de acordo com as leis que ele mesmo estabelecia. Ele também era deus dos lares e da amizade, e o protetor de todos os homens. 




Era considerado também o deus do céu e do trovão. Era representado nas pinturas e esculturas num trono ou em pé, ao lado de um raio, carvalho, touro ou águia. Estas representações simbolizavam qualidades e poderes (rapidez, força, energia, comando) atribuídos ao deus.






HERA



Na mitologia grega, Hera representava a divindade do casamento, deusa que rege a fidelidade conjugal, protetora das mulheres e dos nascimentos. 

 Hera, a irmã de Zeus (deus dos deuses),  sendo  filha de Cronos,  assim como seus irmãos, foi engolida por seu pai, mas  liberada, pelo seu irmão Zeus. Teria sido criada por Tétis, antes de Zeus ter usurpado o trono de Cronos;  e  tornou-se a esposa de Zeus, sem o conhecimento de seus pais. 

Seu casamento com Zeus também ofereceu amplas possibilidades, pois todos os deuses honraram a noiva e lhe apresentaram uma árvore com maçãs douradas, que foi colocado pelas Hespérides no jardim de Hera, perto de Hiperbórea. Após o casamento com Zeus,  ela foi tratada pelos deuses do Olimpo com a mesma reverência que o seu marido. O próprio Zeus,  ouvia seus conselhos, e comunicado os seus segredos com ela, em vez dos outros deuses. E  Hera também acha-se no direito em censurar Zeus quando ele consulta os outros sem ela saber. Porém mas ela devia obedecê-lo ,era  repreendida por ele, como os outros deuses. 

De acordo com os mitos, Hera mostrava apenas os olhos para os mortais e apresentava-se sempre com uma coroa de ouro na cabeça. Ela marcava os locais que protegia com penas de pavão (seu pássaro favorito). Majestosa e solene,  Hera ostentava na sua mão um romã, símbolo da fertilidade, sangue e morte.  Íris, a deusa do arco-íris, era a servente e mensageira de Hera, e o pavão, a sua ave favorita.

 Com Zeus, ela era a mãe de Ares, Hebe e Hefesto.

Hera preside os casamentos e é o arquétipo da união no leito conjugal, mas ela não é notável como uma mãe. 

A descendência legítima de sua união com Zeus são Ares (o deus da guerra), Hebe (deusa da juventude), Eris (a deusa da discórdia) e Ilitia (deusa do parto). Hera tinha ciúmes de Zeus ter dado à luz a Atena, sem recorrer a ela (na verdade, com Metis), então ela deu luz a Hefesto, sem ele, embora em algumas histórias, ele é filho dela com Zeus. Hera ficou revoltada com a feiura de Hefesto e o jogou do monte Olimpo.

 Hefesto se vingou da sua mãe por tê-lo rejeitado, fazendo-lhe um trono mágico que, quando ela se sentou não permitiu que se levanta-se. Os outros deuses imploraram Hefesto para voltar ao Olimpo para deixá-la sair, mas ele se recusava. Dionísio o embebedou e levou-o de volta para o Olimpo no lombo de uma mula. Hefesto tirou Hera do trono após ter sido dado Afrodite como sua esposa.


Hera tinha como principal rival a deusa Afrodite (do amor). Muito vaidosa Hera tinha raiva de Afrodite, pois queria ser mais bonita do que a deusa do amor.

Durante a Guerra de Troia, Hera, Atena, Poseidon, Hefesto e Tétis protegeram os gregos. Hera, era hostil para os troianos, e na guerra de Tróia, ela lutou do lado dos gregos, daí sua adoração prevaleceu sobre a Hellias. Ela aparece como um inimigo de Heracles, e defensora de Jasão.

Na guerra, Hera chegou a ferir Ártemis que protegia os troianos, e pegou o cinto mágico de Afrodite para favorecer os gregos.

Hera odiava Pélias, porque ele tinha matado Sidero, em um dos templos da deusa. Mais tarde, ela convenceu Jasão e Medeia matarem Pélias. Jasão se tornou um dos protegidos de Hera, assim como os Argonautas, que foram ajudados por ela em sua busca pelo Velocino de Ouro. 

Possuía uma personalidade forte, orgulho e  ciúmes. Agressiva contra qualquer relação extra-conjugal, odiava e perseguia as amantes de Zeus e os filhos de tais relacionamentos, pelo  tanto que tentou matar Hércules quando este era apenas um bebê. Hera enviou duas serpentes para matá-lo enquanto ele estava deitado em sua cama. Herácles estrangulou uma  serpente em cada mão e foi encontrado por sua ama brincando com seus corpos flácidos como se fossem brinquedos de uma criança.

 O único filho de Zeus que ela não odiava, antes gostava, era Hermes e sua mãe Maia, porque ficou surpresa com a sua inteligência e beleza.


Quando Hera descobriu que Leto estava grávida e que Zeus era o pai, ela proibiu Leto de dar à luz em terra firme, ou em continente, ou qualquer ilha no mar. Poseidon, com pena de Leto guiou-a para uma ilha flutuante em Delos, que não era nem continente, nem uma verdadeira ilha. Hera impediu que sua filha Ilitia, a deusa do parto, fosse ajudar Leto a dar a luz. Os outros deuses subornaram Hera com um belo colar que ninguém podia resistir, e ela finalmente cedeu. E Leto foi capaz de dar à luz seus filhos Artemis e Apolo.

De acordo o mito , uma ninfa chamada Eco tinha a função de distrair Hera enquanto Zeus namorava outras ninfas. Quando Hera descobriu o engano, ela amaldiçoou Eco para apenas repetir as palavras dos outros .


Quando Hera descobriu que Sêmele, filha de Cadmo, o rei de Tebas, estava grávida de Zeus, ela se disfarçou de enfermeira de Semele e convenceu a princesa a insistir que Zeus mostrar-se a ela sua verdadeira forma, que ao faze-lo, seus trovões e relâmpagos destruíram Sêmele. Zeus então, tirou do ventre de Sêmele Dionísio, e o colocou em sua coxa terminando a gestação.  Hera enviou seus titãs para rasgar o bebê em pedaços, quando ele nasceu, mas Zeus conseguiu resgatar o coração, implanto-o no ventre de Perséfone; daí Dionísio ficou conhecido como "o nascido duas vezes". 


Hera quase pegou Zeus com uma amante chamada Io, um destino evitado por Zeus que transformou Io em uma bela novilha branca. No entanto, Hera não estava completamente enganada e exigiu que Zeus lhe dar a novilha de presente. Uma vez que Io foi dada a Hera, está colocou o titã Argos Panoptes para manter Io separada de Zeus. Zeus então ordenou Hermes matar Argos, o que ele fez. Hera, revoltada, enviou um inseto para infestar Io, que vagou da Grécia até o Egito, onde, à beira do Rio Nilo, retornou à forma de mulher, dando à luz Épafo.



Lâmia foi uma rainha da Líbia, amante de Zeus. Hera transformou-a em um monstro e matou seus filhos; ou, em alternativa, ela matou os filhos de Lâmia e a tristeza transformou-a em um monstro.  Por fim, para torturá-la ainda mais, Lâmia foi condenada por Hera a não poder cerrar os olhos, para que ficasse para sempre obcecada com a imagem dos filhos mortos.

 Zeus, apiedado, deu-lhe o dom de poder extrair os olhos de vez em quando para descansar. Lâmia estava com inveja das outras mães e comeu seus filhos.

Hera foi a madrasta e inimiga de Herácles  Quando Alcmena estava grávida de Herácles, Hera tentou impedir que o nascimento ocorresse amarrando as pernas de Alcmena. Ela foi frustrado por Galanthis, seu servo, que disse a Hera que ela já tinha tido o bebê. Hera puniu Galanthis transformando em uma doninha.

Um mito sobre a origem da Via Láctea é que Zeus tinha enganado Hera dando uma criança para ela amamentar, mais está criança era Herácles: Quando Hera descobriu, ela o puxou de seu peito, e um jorro de seu leite formou uma mancha no céu que pode ser observado desde esse dia.
Hera fez Herácles trabalhar para o rei Euristeu de Micenas. Ela o obrigou fazer cada trabalho, conhecidos popularmente como os Doze trabalhos de Hércules. Mais tarde, ela despertou as amazonas contra ele quando Herácles estava em uma de suas missões.  Quando ele lutou contra a Hidra de Lerna, ela enviou um escorpião para morder os seus pés, na esperança de distraí-lo. Quando Herácles tomou o gado de Gerião, ele atirou na mama direita de Hera com uma seta farpada, a ferida era incurável e deixou-a em constante dor, como Dione diz para Afrodite . Depois, Hera enviou um moscardo para morder o gado. Hera então enviou uma inundação que elevou o nível da água de um rio tanto que Herácles não podia atravessar o rio com o gado. Ele empilhou pedras no rio para tornar a água mais rasa. Quando ele finalmente chegou à corte de Euristeu, o gado foi sacrificado para Hera.

Euristeu também queria sacrificar o Touro de Creta para Hera. Ela recusou o sacrifício porque refletia a glória de Herácles. Alguns mitos afirmam que, no final, Herácles fez amizade com Hera, salvando-a de Porfírio, um gigante que tentou estuprá-la durante a Gigantomaquia, e que ela mesmo deu a sua filha Hebe como noiva de Herácles.  A criação desse mito serviu para explicar uma representação arcaica de Herácles como "homem de Hera", pensava-se adequado para os construtores do Heraião em retratar as façanhas de Hércules nos relevos do templo de Hera. 




Hera possuía sete templos na Grécia, e pode ter sido o primeiro deus a quem os gregos dedicaram um santuário com teto fechado, em Samos. De acordo com a mitologia, foram destruídos pelo herói Heracles que a aprisionou num jarro de barro.



Os romanos identificaram sua deusa Juno com a Hera grega.


O que representava e importância:



De acordo com a mitologia, Hera é personificação da atmosfera,  a rainha dos céus ou a deusa das estrelas, ou como a deusa da lua, e ela é ainda confundida com Ceres, Diana, e Perséfone. De acordo com visões modernas, Hera é a grande deusa da natureza, que era adorada em todo lugar desde os primeiros tempos.
   
 Para os gregos, Hera e Zeus simbolizam a união homem-mulher.






POSÊIDON


Na mitologia grega, Poseidon era o deus dos mares. Representado como um homem forte, com barbas e segurando sempre um tridente. Era filho do titã Cronos e Reia, irmão de Zeus (deus dos deuses) e de Hades (deus das almas dos mortos, do subterrâneo). 

Filhos : De acordo com a mitologia grega, Poseidon teve várias amantes e com elas vários filhos como, por exemplo, o gigante Órion e o ciclope Polifemo. 



Poseidon aparece em vários mitos da Grécia Antiga. Num deles, disputou com a deusa Atena o controle da cidade estado de Atenas, porém saiu derrotado. Num outro mito ajudou os gregos na Guerra de Tróia, fez isto para se vingar do rei de Tróia que não havia lhe pagado pela construção do muro na cidade. E no famoso Labirinto do rei Minos que foi atingido por um terremoto quando o irado deus Poseidon emergiu das águas para derrubar o seu domínio.

 Na Mitologia, Minos é  o rico e poderoso rei de Creta, que recebeu  o poder soberano dos mares, por Poseidon, deus dos terremotos e das profundezas do oceano, que concordara   se Minos  lhe oferecesse em sacrifício um magnífico touro branco. Mas o rei Minos não queria se desfazer de seu touro e escondeu-o entre o rebanho, substituindo-o por um animal inferior. Furioso com o ato de arrogância e de repúdio ao pacto, Poseidon pediu ajuda a Afrodite, a deusa do amor. Afrodite fez com que a esposa de Minos, Pasifae, se apaixonasse perdidamente pelo touro branco. A rainha subornou Dédalo, o artesão do palácio, para que construísse uma vaca de madeira. Pasifae entrou na vaca e o touro branco penetrou Pasifae, e dessa união nasceu o Minotauro, a vergonha de Minos, uma criatura com o corpo de um homem e a cabeça de um touro que se alimentava de carne humana. Aterrorizado, o rei escondeu essa criatura no coração de um grande Labirinto de pedra que Dédalo construíra a pedido do rei.


Mas o reino não podia permanecer  eternamente  com esse vergonhoso segredo escondido em seu seio. Assim, Teseu, filho de Poseidon, com a ajuda de Ariadne, filha de Minos, entrou no Labirinto e matou o Minotauro. 


No mesmo instante, o deus levantou-se furioso de sua cama no oceano e atingiu o Labirinto.  A construção foi reduzida a entulho pelo terremoto, enterrando o rei Minos junto ao corpo do Minotauro, e os escravos que eram mantidos sob o poder de Minos foram imediatamente libertados. Teseu foi proclamado rei de Creta, uma nova era foi inaugurada e o Labirinto nunca mais foi erguido.

Na mitologia romana, Poseidon é conhecido como Netuno.




O que representava e importância:



O irmão mais velho de Zeus e Hades é Posêidon, o deus do oceano. Morava em seu palácio no fundo do mar, junto a sua esposa Anfitrite. Com um movimento de seu tridente, causa terremotos e tsunamis – por isso os navegantes sempre rezavam para esse deus pedindo águas tranquilas e que lhes protegessem dos “monstros marinhos” (que eram as baleias). Posêidon vive procurando aumentar seus domínios em diferentes áreas da Grécia.



ATENA




Na mitologia grega, Atena, também conhecida como Palas-Atena, filha de Zeus com a primeira mulher dele Métis, era a deusa da sabedoria, da guerra, das artes, da estratégia e da justiça. Atena aparece quase sempre representada, em pinturas e esculturas, com equipamentos de guerra (lança, escudo e capacete). 

Seu pai era Zeus, rei dos deuses, que havia sido advertido por Urano que, caso gerasse uma criança com a sua primeira esposa, Métis, deusa da sabedoria, ela seria mais poderosa do que ele. Para evitar essa eventualidade, ele engoliu Métis antes que pudesse dar à luz a criança que ela carregava. 


Logo após, Zeus foi acometido por uma insuportável dor de cabeça. Para curá-lo, Hefesto, o deus ferreiro, abriu-lhe a cabeça com um machado de bronze e da ferida aberta surgiu Atena completamente armada, soltando um grande grito de vitória. Com esse cenário, todos os imortais ficaram atõnitos e maravilhados. A deusa tornou-se a filha favorita de Zeus e essa preferência era tão marcante que despertou o ciúme dos outros deuses.


De acordo com a mitologia grega, Atena  que nasceu já armada,  era um dos doze deuses olímpicos e uma das principais deusas da Grécia Antiga. Carrega uma lança e um escudo chamado Égide e seu símbolo é a mais sábia das aves, a coruja. As tendências guerreiras de Atena foram imediatamente aparentes, mas ela era diferente de Ares, o deus da guerra, em muitos aspectos.


 As artes da guerra que Atena cultivava não se baseavam no amor pelo conflito e pelo derramamento de sangue. Ao contrário, elas surgiam dos altos princípios e do excelente reconhecimento da necessidade de lutar para sustentar e preservar a verdade. Ela era uma estrategista e não uma guerreira insana, e equilibrava a agressão e a força física de Ares com lógica, diplomacia e inteligência. Ela protegia os bravos e os valentes, e tornou-se a protetora de muitos heróis. A proteção que oferecia a Perseu, a Ulisses e a outros guerreiros famosos consistia sempre em armas que precisavam ser usa­das com inteligência, previsão e planejamento.


É a deusa da sabedoria, imbatível na guerra, nem mesmo Ares lhe era páreo, pois, enquanto este só prezava a guerra violenta e sanguinária, Atena era extremamente estratégica. 


Atena era uma impressionante exceção na sociedade do Olimpo em razão da sua castidade. Também prestou um valioso serviço à humanidade. 



Ela ensinou a arte de domar cavalos e promoveu habi­lidades e profissões como a tecelagem e o bordado. 

Suas atividades diziam respeito não somente ao trabalho útil, mas também à criação artística. 

Por conseguinte, ela era considerada uma deusa civilizadora, embora também fosse, uma guerreira quando se tratava de proteger a pacífica civilização sob o seu cuidado.


 Atena teve um filho com Hefesto (deus do fogo, da metalurgia e do trabalho) que se chamava Erictônio. Porém, este filho não foi concebido de forma natural, pois Atena era virgem. De acordo com o mito, Atena foi pedir para Hefesto confeccionar armas para ela. Hefesto tentou uma relação à força, porém Atena não permitiu. Então, ele acabou lançando sêmen nas pernas da deusa. Ela limpou com lã e jogou na terra. Foi assim que nasceu Erictônio.


 Guerreira, Atena participou de vários combates descritos nos mitos gregos. A deusa atuou na Guerra de Troia ao lado dos gregos e também da batalha contra os Titãs. Após a Guerra de Troia, foi Atena quem guiou o herói Odisseu rumo ao lar na Grécia. 

Outro feito importante de Atena, relatado nos mitos, foi a ajuda que deu ao herói Herácles na luta contra os gigantes que desafiaram os deuses do Olimpo. Foi ela quem forneceu as armas para que Herácles realizasse seus doze trabalhos, ajudando-o a matar a Hidra de Lerna e capturar Cérbero (cão monstruoso do deus Hades). 


Atena era uma deusa completa e virtuosa. Era inteligente, boa estrategista militar, habilidosa e com grande senso de justiça.



Na mitologia romana, Atena era equivalente a Minerva.



O que representava e importância:



Os gregos faziam cultos para Atena em vários templos espalhados pelo território grego e também pelas colônias africanas e asiáticas. Foi também uma das divindades mais representadas pelos escultores e pintores da Grécia Antiga. 
 Atena era a deusa padroeira (protetora) da cidade de Atenas. Era também considerada a responsável pela proteção de vários heróis gregos como, por exemplo, Herácles. 

 O templo mais importante erguido para o culto de Atena ficava na cidade de Atenas. O Partenon, hoje ainda existe as ruínas, é considerado um dos principais símbolos da arquitetura da Grécia Antiga.


Atena era também a divindade protetora de um dos principais produtos agrícolas da Grécia Antiga: o azeite de oliva.



ARES


Ares, na mitologia grega, era o terrível deus da guerra , e outro filho de Zeus (deus dos deuses),  e Hera (deusa do casamento, irmã e esposa de Zeus), que de acordo com a Mitologia, foi concebido por Hera, rainha dos deuses, sem o concurso da semente masculina.


Ares, o deus da guerra, é  representado como um homem forte e de caráter violento, ele tinha o prazer em apreciar a dor alheia e, no campo de batalha, tinha o poder matar um mortal apenas com seu grito de guerra! 
Como deus da guerra, as atividades de Ares se concentravam nas lutas. Seus dois escudeiros, Deimos (Medo) e Phobos (Terror) , que também diziam ser seus filhos,  acompanhavam-no nos campos de batalha.
 Diferentemente da deusa Atena que, como deusa guerreira, representava a estratégia e a previsão, Ares adorava o calor e a glória da batalha com uma exultante liberação de sua força ao desafiar o inimigo.




Quando estão perto dele, as pessoas sentem raiva e vontade de bater uma nas outras. Pai de vários heróis – humanos que são protegidos ou filhos de deuses , Ares ainda se tornou um dos amantes de Afrodite.

Ares não era um deus apreciado por estar associado ao conflito e ao derramamento de sangue, e Zeus e Atena não gostavam dele em razão de sua força bruta e falta de refinamento. 


Mas Afrodite, deusa do amor, possuía gostos diferentes. Impressionada com o vigor do formoso guerreiro que, sem dúvida, comparava ao seu pouco favorecido marido Hefesto, o deus ferreiro, ela se apaixonou por Ares. O sentimento foi logo retribuído. Ares tomou a inescrupulosa vantagem da ausência de Hefesto para desonrar a união conjugal. Mas o marido descobriu o caso adúltero e planejou uma bem engendrada vingança. Secretamente, forjou uma rede tão fina que era quase impossível de ser detectada, mas tão resistente que não podia ser quebrada. Ele colocou a rede sobre a cama em que os amantes se amavam. 

No encontro seguinte, no momento em que estavam repousando, Hefesto deixou cair a rede e chamou todos os deuses para testemunhar a vergonha da esposa e de seu amante. Mas a paixão de Ares ainda era ardente, apesar do ocorrido e, mais tarde, dessa sua união com Afrodite, ele gerou uma filha, Harmonia, cuja qualidade, como o nome sugere, era o equilíbrio harmônico entre o amor e a discórdia.


De acordo com a Ilíada (poema de Homero), Ares tinha uma quadriga (carroça puxada por 4 cavalos). Os garanhões, de acordo com o poema, eram imortais e soltavam fogo pelas narinas.


Na mitologia grega, o deus Ares teve vários filhos e filhas. Entre eles, podemos citar: Cicno (ladrão de estradas que foi assassinado pelo herói Heracles); Anteros, Deimos e Phobos (filhos de Ares com Afrodite) e Hipólita (filha de Ares com a rainha amazona Otréra).


Na mitologia romana, Ares era conhecido como Marte.



O que representava e importância:







Ares, na mitologia grega, era o deus da guerra. Os gregos costumavam fazer sacrifícios de animais, na noite anterior aos combates, para conseguir a ajuda do deus Ares.




 

DEMÉTER



Na mitologia grega, Deméter  filha Cronos (titã, deus da agricultura) e Reia (titanide). Desta forma, Deméter era irmã de Zeus (deus dos deuses). 


A grande deusa Deméter, a Mãe da Terra, era a deusa das plantas, da terra cultivada, das colheitas e das estações do ano, regente de toda a natureza e protetora das jovens criaturas indefesas. No mito grego, Deméter amadurecia anualmente o trigo dourado e, ao final do verão, as pessoas lhe ofereciam agradecimentos pela fertilidade da terra. Deméter reinava os ciclos ordenados da natureza e a vida de todas as coisas em crescimento.
Ela preside a gestação e o nascimento da nova vida, abençoando os rituais do casamento como veículo para a continuidade da natureza. Deméter é uma deusa matriarcal, uma imagem do poder dentro da própria terra, que não precisa de qualquer validação do céu. Dizem que ela ensinou aos homens as artes de arar e de semear a terra e, às mulheres, a  arte  de moer o trigo para fazer o pão.

De seu romance de trágico desfecho com Iásion, Deméter teve um filho chamado Pluto, que posteriormente tornou-se a personificação da riqueza e da abundância. Iásion morreu atingido por um raio fulminante enviado pelo enciumado Zeus ao surpreender juntos os dois amantes. De sua união com seu irmão Zeus nasceu Core que raptada por Hades, tornou-se Perséfone, a rainha dos mortos.



Deméter vivia com sua filha Perséfone, abrigada dos conflitos e das disputas do mundo. Porém, um dia essa vida pacífica e contente foi violentamente invadida. Perséfone havia saído para passear e não voltara. Angustiada, Deméter procurou-a em todos os lugares, mas sua filha havia desaparecido sem deixar vestígios. Finalmente, após anos de buscas infrutíferas, ela veio a conhecer o destino de Perséfone. Diziam que Hades, o senhor obscuro do Submundo, se apaixonara pela jovem e saíra de seu domínio para a superfície da Terra em sua carruagem, puxada por dois cavalos negros, e a raptara.

Furiosa, Deméter permitiu que a Terra ficasse árida e recusou-se a restaurá-la à sua antiga abundância. E como ela não podia suportar essa mudança , apesar de Perséfone ter concordado em comer a romã, fruta do Submundo, e Hades tê-la tratado com honradez e feito dela a sua rainha ,com essa situação toda a humanidade pereceria por falta de alimento . Por fim, graças à intercessão do inteligente e previdente deus Hermes, chegou-se a um acordo: durante nove meses do ano, Perséfone viveria com a sua mãe, mas deveria voltar para seu marido obscuro durante os outros três.



Deméter nunca chegou a uma conclusão com essa solução. Todos os anos, quando a sua filha estava ausente, a Mãe-Terra sofria de tristeza. As flores murchavam, as árvores deixavam cair suas folhas e a Terra entrava em um período sem vida e frio. Mas todos os anos, com o retorno de Perséfone, a esplendorosa Primavera voltava a reavivar a Terra.




Deméter era considerada também como a deusa protetora do casamento e da lei sagrada. Era venerada como a responsável pelas estações do ano. Ela e sua filha Perséfone eram as principais personagens dos mistérios eleusinos (rituais de iniciação realizados na cidade grega de Eleusis).


 As sacerdotisas (responsáveis pelo culto à deusa) de Deméter eram chamadas de melissas.






Na mitologia romana, Deméter era chamada de Ceres.



O que representava e importância:



Deméter era a deusa da agricultura e da colheita, ela quem nutria a terra com a vegetação verde, considerada também como a deusa protetora do casamento e da lei sagrada e era venerada como a responsável pelas estações do ano.


Deméter era representada (em pinturas e esculturas), muitas vezes, subindo em um carro com uma grande quantidade de produtos agrícolas como, por exemplo, grãos, flores e frutos.





 HADES




Na mitologia grega, Hades era o deus  responsável por governar o mundo subterrâneo e as almas após a morte. Hades, o deus sombrio e senhor do Submundo, de acordo com a mitologia,  era muito quieto, intimidativo e impiedoso. Não gostava de oferendas e sacrifícios. Também não costumava interferir nos assuntos terrenos.



Hades, filho dos Titãs Cronos e Reia, irmão de Zeus (deus dos deuses) e de Poseidon (deus dos mares) . Foi salvo por seu irmão Zeus quando Cronos engolira os seus filhos. Zeus então concedeu a Hades o domínio do Submundo como parte da herança. Sobre esse mundo, o deus sombrio governava como dominador absoluto. Quando emergia para o mundo da luz, o seu elmo o tornava invisível para que nenhum mortal o visse. 
Os rituais da morte exigiam que uma moeda de ouro fosse colocada na boca do morto, pois sem essa oferta a Hades a alma seria condenada a vagar eternamente às margens do rio Estige, à beira do reino do Submundo.


Apesar de ser-lhe conferido menos status do que ao seu irmão Zeus, ele tinha um poder maior, porque a sua lei era irrevogável. Uma vez que uma alma entrava no domínio de Hades, nenhum deus, nem sequer o rei dos deuses, poderia resgatá-la. Apesar de alguns heróis, como Ofeu e Teseu, entrarem ilicitamente no reino de Hades enganando o barqueiro Caronte e conseguindo passar por Cérbero, o cão que guarda a entrada, nenhum deles voltou para o mundo da luz da mesma forma. O poder irrevogável de Hades era tal que os deuses juravam seus votos solenes e suas maldições pelas águas do rio Estige, que era veneno puro e, ao mesmo tempo, conferia a imortalidade.


Na Mitologia, Hades era conhecido como o Invisível. Ele também era chamado de Plutão, que significa "riqueza", porque o seu reino era repleto de riquezas escondidas.



A passagem mitológica mais conhecida envolvendo o deus Hades é aquela em que ele rapta Perséfone, filha da deusa Deméter, para viver com ele no mundo subterrâneo, tornando-a sua esposa. Este mito é mais conhecido como o Rapto de Cora (como Perséfone era retratada na mitologia romana).






O cão Cérbero : 


Hades possuía um companheiro que era o seu cão Cérbero.  De aspecto monstruoso, o cão  de três cabeças era  responsável por guardar a entrada do reino dos mortos.




Na mitologia romana, Hades corresponde a Plutão.



O que representava e importância:




Hades era um deus que provocava muito medo na Grécia Antiga. Como estava relacionado com a morte, os gregos evitavam falar seu nome. 





HÉSTIA




 Filha de Cronos e Reia, Héstia era, na mitologia grega, a deusa virgem do lar, da lareira, da arquitetura , da vida doméstica, da família e do estado.  Era uma das doze divindades gregas que habitava o Monte Olimpo, irmã de Zeus, Hades, Poseidon, Hera e Deméter.

De acordo com a mitologia grega, Héstia foi engolida por Cronos, porém resgatada pelo irmão Zeus. Era considerada uma das deusas mais bondosas, modestas e gentis. Prova disso é que não se envolvia em guerras ou qualquer outro tipo de conflito.

Héstia, cortejada por Poseidon e Apolo, jurou virgindade perante Zeus, e dele recebeu a honra de ser venerada em todos os lares, ser incluída em todos os sacrifícios e permanecer em paz, em seu palácio cercada do respeito de deuses e mortais.


Héstia representava o fogo que ficava acesso nos lares e nos templos. O símbolo desta deusa grega era o fogo de uma lareira. Este fogo sagrado simbolizava a luz e a paz que deveria reinar nos lares gregos. 

Embora não apareça com frequência nas histórias mitológicas, era admirada por todos os deuses. Era a personificação da moradia estável, onde as pessoas se reuniam para orar e oferecer sacrifícios aos deuses. Era adorada como protetora das cidades, das famílias e das colônias.


Sua chama sagrada brilhava continuamente nos lares e templos. Todas as cidades possuíam o fogo de Héstia, colocado no palácio onde se reuniam as tribos. Esse fogo deveria ser conseguido direto do sol.


Quando os gregos fundavam cidades fora da Grécia, levavam parte do fogo da lareira como símbolo da ligação com a terra materna e com ele, acendiam a lareira onde seria o núcleo político da nova cidade.


Sempre fixa e imutável, Héstia simbolizava a perenidade da civilização.

Em Delfos, era conservada a chama perpétua com a qual se acendia a héstia de outros altares.


Cada peregrino que chegava a uma cidade, primeiro fazia um sacrifício à Héstia.






Em Roma era cultuada como Vesta e o fogo sagrado era o símbolo da perenidade do Império.

Suas sacerdotisas eram chamadas vestais, faziam voto de castidade e deveriam servir à deusa durante trinta anos. Lá a deusa era cultuada por um sacerdote principal, além das vestais.




O que representava e importância:


Ela tinha como uma das principais funções mostrar a importância do lar na vida social, política e religiosa na Grécia Antiga. O fogo da deusa Héstia deveria ficar sempre acesso nos lares e nos templos. 
Seu culto era muito simples: na família, era presidido pelo pai ou pela mãe; nas cidades, pelas maiores autoridades políticas.



Héstia foi pouco representada em pinturas e esculturas. Porém, representada como uma mulher jovem, com uma larga túnica e um véu sobre a cabeça e sobre os ombros, as vezes, representada também segurando um cajado. Uma vestimenta que representava a pureza e o caráter desta deusa; mas sua figura severa e simples não ofereceu muito material para os artistas.




Ao fundar uma nova cidade, os gregos constumavam acender uma fogueira no local onde seria o centro político. Isto era feito com o objetivo de obter a proteção da deusa Héstia para a nova cidade.








APOLO




Na mitologia grega, Apolo, o radiante deus-Sol, o cavalheiro do Olimpo. Era o deus das artes, da música, da profecia, do conhecimento, da verdade, da poesia, da harmonia, da perfeição e da cura. Considerado um dos mais importantes, versáteis e venerados deuses da Grécia Antiga. 

O seu apelido era Febo, que significa "aquele que brilha" e, na Mitologia, dizem que seus lugares preferidos eram os altos picos das montanhas.

Era filho de Zeus (deus dos deuses) e Leto (deusa do anoitecer) e irmão de Ártemis (deusa da caça). Era pai de Asclépio (deus da Medicina e da cura) e Aristeu (deus da agricultura e vegetação).

Diferentemente das outras crianças, Apolo não foi amamentado por sua mãe, mas alimentado com néctar e com doce de ambrósia assim, imediatamente, o recém-nascido arrancou as suas faixas e ficou dotado do vigor de um homem. 


Ele andava com seu arco e suas flechas de longo alcance que Hefesto, o deus ferreiro, havia feito para ele , à procura de um lugar para o seu santuário. Mas o lugar que ele escolheu, um desfiladeiro montanhoso, era a morada da serpente fêmea Píton, uma criatura enviada por Hera que, por ciúmes, queria destruir Leto, a mãe de Apolo. O deus matou Píton com uma de suas flechas, coroou-se com louros e chamou o seu novo santuário de Delfos.

Em Delfos, ele estabeleceu o seu oráculo, que era interpretado por uma sacerdotisa posteriormente conhecida como Pitonisa. Todos os anos, no outono, Apolo saía de Delfos para visitar a misteriosa terra dos Hiperbóreos, onde ele podia deliciar-se com o eterno céu brilhante. Apolo era o inimigo da escuridão e podia suprimir a maldição da culpa por crimes de sangue e os consequentes sofrimentos.


Entretanto, ele era um deus ardiloso, pois o seu oráculo era ambíguo e vago, e as suas flechas podiam matar tanto animais quanto homens. Consequentemente, ele era considerado o deus da morte brusca, como também o curador que dissipava as doenças e as sombras. A profecia, geralmente o dom das divindades do Submundo, foi gradativamente apropriada a Apolo até ele mesmo se tornar o deus da visão de longo alcance.



Era comum ser representado ao lado de um de seus animais símbolos (corvo, grifo e serpente).



Possuía vários atributos e funções, tais como:

 - Tornar as pessoas conscientes dos pecados cometidos;
- Agia na purificação dos pecados cometidos pelas pessoas;
- Responsável pelas leis religiosas;
- Tinha comando sobre as musas (entidades mitológicas que inspiravam as atividades artísticas);
- Responsável e patrono do Oráculo de  Delfos;
- Iniciar os jovens no mundo dos adultos. 



Um dos fatos interessantes deste deus é que ele podia agir de forma positiva ou negativa. Ele tinha poder para criar pragas e doenças, mas também podia trazer a cura e a proteção contra as forças maléficas. 

Na mitologia romana, Apolo era conhecido como Febo - "aquele que brilha".






O que representava e importância:




 Apolo era o deus da luz e do sol, na verdade, os gregos acreditavam que ele era o próprio sol,  conduzindo a sua carruagem dourada e resplandecente no céu, para chegar, à noite, ao oceano onde os seus cavalos se banham, enquanto a noite prevalece. Por isso era chamado também na mitologia romana de Febo (brilhante). Seus cabelos eram louros e seus olhos claros como o dia. Também era o deus da música, poesia e da arte de atirar com o arco. 




ARTÊMIS







Na mitologia grega, Ártemis era a deusa da caça, da luz suave e da vida selvagem. Era filha de Zeus com Leto (deusa da noite clara) e  irmã gêmea de Apolo - enquanto ele simbolizava a luz solar, ela representava a esfera lunar. Era considerada, na mitologia grega, como a mais pura de todas as deusas. 



Há estudos que situam Ártemis ao lado de outras potências lunares, tais como Hécate, também associada às esferas infernais, e Selene; as três compunham uma espécie de trindade da Lua. 





De  acordo com a mitologia Hera proibiu Leto dar à luz em qualquer terra firme (o continente) ou em uma ilha. Hera estava com raiva de Zeus, seu marido, porque ele a havia traído com Leto. Poseidon, apiedando-se de Leto, levou-a para ilha de Delos  que era flutuante, não sendo um continente e nem uma ilha, para ali Leto dar à luz . Quando finalmente a ilha de Delos a recebeu, Ilítia, filha de Hera e deusa dos partos, estava retida pela sua mãe no Olimpo. Só depois que Zeus distraiu Hera, Ilítia pode socorrer Leto e fazer o parto dos gêmeos. A maioria das histórias retratam Ártemis nascendo primeiro, tornando-se parteira de sua mãe após o nascimento de seu irmão Apolo.



Ártemis se tornou a deusa da vida selvagem e da caça. Seus cabelos eram negros e tinha olhos escuros, ao contrário de Apolo, ela era a deusa da noite enluarada. Como era uma caçadora, desprezava a companhia de homens, prometendo ser eternamente virgem. Possuía um arco e flecha como os de Apolo, só que prateados. Apesar de portar o arco, a deusa é protetora dos animais.

Dizem que quando ela ainda era uma criança, Zeus  a questionou sobre seu maior desejo para seu aniversário, e ela lhe pediu, sem hesitar, que pudesse circular livremente pelas matas, ao lado dos animais ferozes, dispensada para sempre da obrigação de se casar. O pai imediatamente realizou seu sonho. De acordo com a mitologia grega, Zeus deu de presente à filha Ártemis uma corte repleta de ninfas, tornando-a a rainha dos bosques. 


Ártemis acreditava que ela tinha sido escolhida pelas Parcas para ser parteira, especialmente desde que ela tinha ajudado a mãe no parto de seu irmão gêmeo, Apolo.  Todos as suas companheiras permaneceram virgens, e Ártemis vigiou de perto sua própria castidade. Seus símbolos incluem o arco, a flecha de ouro, o cão de caça, o veado  e a lua.  


Ártemis passou sua infância buscando coisas que ela precisaria para ser uma caçadora, assim ela obteve o seu arco e flechas na ilha de Lípara, onde Hefesto e o Ciclope construirão.

As filhas de Okeanos estavam com medo da jovem deusa, mas Ártemis corajosamente se aproximou e perguntou pelos arcos e flechas. E assim  Ártemis também visitou Pan, o deus da floresta, que lhe deu sete cadelas e seis cães. Ela, então, capturou seis cervos dourados e colocou os chifres para puxar sua carruagem.


Esta deusa da fertilidade animal tinha várias discípulas, que eram denominadas ursas. Elas reconheciam sua natureza autoritária e repressora. Os animais ferozes que estão sempre junto a ela representam, por outro lado, os impulsos que precisam ser dominados. Sem dúvida ela é o símbolo maior do feminino, de sua liberdade e autonomia.




Um dos fatos interessantes desta deusa ,é que, embora pareça contraditória esta personalidade ambígua de Ártemis, na verdade ela está associada á dupla faceta do feminino, que protege e destrói, concebe e mata. Assim como seu irmão gêmeo , Apolo , que podia agir de forma positiva ou negativa, tinha poder para criar pragas e doenças, mas também podia trazer a cura e a proteção contra as forças maléficas. 

Na mitologia romana, Artemis era conhecida como Diana.





O que representava e importância:


Era representada nas pinturas e esculturas sempre vestida com uma túnica branca, trazendo ao seu lado um cão ou um animal (geralmente um veado) representando a caça. Aparece também com arco e flechas de prata. 





É comum também a imagem de Ártemis rodeada de ninfas em um lindo bosque.




Nas festas em homenagem à lua eram sempre executadas danças de extrema sensualidade e havia constantemente a presença de um ramo considerado sagrado. Ártemis é considerada tanto uma prostituta sagrada (devido a   trindade da Lua, que  compunham  as três deusas : Ártemis, Hecate e Selene), quanto uma virgem responsável pelos partos, pois os mitos a retratam igualmente como o bebê que nasceu primeiro e ajudou a mãe a parir o irmão Apolo.




HEFESTO






Na Mitología Grega , Hefesto era filho de Hera (deusa do nascimento e do casamento) com Zeus (deus dos deuses).  Hefesto era o arquiteto, o forjador, construtor de todas as obras do Olimpo. Era o deus da tecnologia, dos ferreiros, artesãos, escultores, metais, metalurgia, fogo e dos vulcões. 
Foi ele que, com a ajuda dos Ciclopes, forjou o raio de seu pai Zeus e os gregos antigos acreditavam que as erupções vulcânicas eram causadas por este deus, que forjava no interior das montanhas. Como outros ferreiros mitológicos, porém ao contrário dos outros deuses, Hefesto era manco, o que lhe dava uma aparência grotesca aos olhos dos antigos gregos.

 Dizem os mitos gregos, que  Hefesto nasceu tão feio ,  sua aparência era tão horrível que sua mãe Hera,  a despeito de ela ser a deusa da família o atirou do alto do Monte Olímpo quando viu seu rosto, foi  neste momento que ficou com o problema físico na perna. Ele despencou durante nove dias e noites até cair no oceano, onde foi criado pela oceânides Tétis (mãe de Aquiles) e Eurínome.



 Na ilha de Lemnos,  foi  treinado para ser um mestre artesão pelos síntios, antiga tribo nativa daquela ilha. E nessa ilha, sua consorte era a ninfa Cabiro, com quem ele teve dois filhos, dois deuses ferreiros conhecidos como cabiros. Na Sicília, sua consorte foi a ninfa Etna, e seus filhos foram os dois deuses dos gêiseres sicilianos conhecidos como palicos.

Hefesto foi pai de diversos filhos, tanto com mortais quanto imortais. Um destes foi o ladrão Perifetes. Juntamente com Talia, Hefesto era considerado o pai dos Palicos.


Segundo Homero a esposa de Hefesto era Cáris. No entanto, de acordo com os mitos gregos, Hefesto é marido de Afrodite, que o trai cometendo adultério com Ares. Hefesto e Afrodite, porém não tiveram filhos. 


Hefesto, sendo o mais decidido dos deuses, recebeu de Zeus a mão de Afrodite para evitar que os outros deuses travassem disputas por ela. Afrodite, no entanto, não aceitou a ideia do casamento arranjado com o feio Hefesto, iniciou um relacionamento amoroso com Ares, deus da guerra. Hefesto ficou sabendo da promiscuidade de Afrodite por meio de Hélio, o Sol onividente, e planejou uma armadilha para eles durante uma de suas escapadas. Enquanto Afrodite e Ares estavam juntos na cama, Hefesto envolveu-os com uma rede de cota de malha inquebrável, tão fina que era praticamente invisível, e levou-os ao monte Olimpo para humilhá-los diante dos outros deuses. Estes, no entanto, apenas riram diante da visão dos amantes nus, e Posídon conseguiu persuadir Hefesto a libertá-lo como troca de uma garantia de que Ares pagaria uma multa pelo adultério. Na Odisseia Hefesto afirma que devolveria Afrodite a seu pai e exigiria dele seu dote.


Um mito de fundação ateniense narra que Atena teria recusado uma união carnal com Hefesto devido à sua aparência pouco atraente e seu defeito físico, e que quando ele então se enfureceu e tentou tomá-la a força, a deusa desapareceu de sua cama. A ejaculação de Hefesto caiu sobre a terra, engravidando Gaia, que acabou por dar à luz a Erictônio de Atenas; este então foi dado, ainda criança, a Atena, para que essa o criasse, guardado por uma serpente. 

Hefesto tinha uma grande capacidade de criação, foi responsável, entre outras obras, pela égide, escudo usado por Zeus em sua batalha contra os titãs.  Ele também construiu pra si um lindo e grandioso palácio de bronze, equipado com muitos servos mecânicos. Entre suas criações está Pandora, a primeira mulher mortal. 



Hefesto foi responsável por fazer boa parte dos magníficos equipamentos dos deuses, e quase todo tipo de trabalho em metal dotado de poderes mágicos que aparece na mitologia grega é tido como tendo sido feito pelo deus; o elmo alado e as sandálias de Hermes, o peito de armas conhecido como égide, a célebre cinta de Afrodite, o cetro de Agamenon a armadura de Aquiles, os crótalos de bronze de Héracles, a carruagem de Hélio (bem como a sua própria), o ombro de Pélops, o arco e flecha de Eros. Hefesto trabalhava com o auxílio dos ciclopes ctônicos, seus assistentes na forja. Também construiu autômatos de metal que trabalhavam para ele; entre estes estavam tripés que tinham a capacidade de ir e voltar ao Monte Olimpo. Hefesto deu ao cego Órion seu aprendiz, Cedálion, para ser seu guia. Em uma das versões do mito do deus, Prometeu teria roubado o fogo que ele deu aos homens da forja de Hefesto. Este também teria criado o presente que os deuses deram ao homem, a mulher Pandora e seu pito. Como um hábil ferreiro, Hefesto fez todos os tronos do Palácio do Olimpo.


Na mitologia romana, Hefesto era chamado de Vulcano.



Com relação a aparência, Hefesto era feio, coxo e manco. Ele andava carregando vasos pintados e um bastão. Em algumas imagens, ele aparece com os pés na posição contrária. Aparece também trabalhando em uma bigorna, suado e com a barba por fazer.
Os símbolos de Hefesto são um martelo de ferreiro, uma bigorna e uma tenaz, embora por vezes tenha sido retratado empunhando um machado.



O que representava e importância:




Na Mitología Grega , Hefesto era o deus do trabalho, do fogo, dos artesãos, dos escultores e da metalurgia. Era muito importante na religião grega, principalmente nas cidades onde a prática da manufatura era intensa como, por exemplo, a cidade de Atenas.




 HERMES




Na Mitologia grega, Hermes era filho de Zeus (deus dos deuses) e da misteriosa ninfa Maia (uma das plêiades) também chamada de Mãe da Noite.  Portanto, ele é o filho tanto da luz espiritual quanto da escuridão primordial, e as suas cores - vermelho e preto - refletem a mistura das paixões terrenas e da claridade espiritual que fazem parte de sua natureza.



Hermes era esperto e rápido e estava sempre a serviço de Zeus. Ele era o mensageiro dos deuses e também conduzia a alma dos mortos até o submundo de Hades. Protetor dos viajantes, comerciantes, dos ladrões e trapaceiros, em suma, de tudo que requer habilidade e astúcia. Representado como um homem de sandálias, capacete com asas e também portando em uma das mãos o caduceu, uma vara com duas serpentes entrelaçadas.


O mito de Hermes surgiu no período arcaico da história da Grécia (entre 700 a.C e 500 a.C) na região da Península do Peloponeso,de acordo com relatos literários.


 E de acordo com os mitos mais antigos, Hermes, em seu primeiro dia de vida, realizou vários feitos: criou a lira (instrumento musical), criou o fogo, os sacrifícios em homenagem aos deuses etc.



E ainda bebê, Hermes engatinhou para fora de seu berço e roubou um rebanho de gado de seu irmão Apolo, o deus-Sol. Para enganar Apolo, ele vestiu sandálias ao revés para que o deus, irado, procurasse o culpado na direção errada. Quando, finalmente, Apolo o confrontou para saber quem havia roubado o seu gado, Hermes presenteou-o com uma lira que havia feito da carapaça de uma tartaruga. Hermes elogiou seu irmão com um discurso astuto, mas melífluo, dizendo-lhe que o presente era para honrar o seu maravilhoso dom musical. 
O deus-Sol ficou tão orgulhoso que se esqueceu do gado e até presenteou Hermes com o dom da adivinhação. Com isso, Hermes tornou-se o mestre dos quatro elementos e, posteriormente, ensinou aos homens as habilidades da Geomancia (adivinhação pela terra), Piromancia (adivinhação pelo fogo), Hidromancia (adivinhação pela água) e Aeromancia (adivinhação pelo ar). Ele era sempre venerado em encruzilhadas, nas quais estátuas eram erigidas para honrá-lo e invocar a sua bênção sobre os viajantes, os errantes e os sem-teto.



Hermes, na mitologia  não é somente o guia, mas também aquele que convoca e leva as almas para o seu juízo, preparando-as para uma nova vida. No mito de Tântalo, o rei da Lídia, cortou o seu filho em pedaços para servi-los aos deuses, Hermes reuniu-os, devolvendo a vida ao jovem. Como arauto dos deuses, Hermes também libertava heróis, como Teseu, que entravam no reino de Hades ilicitamente e ali ficavam presos. Ele também guiou Orfeu nesse reino obscuro à procura de sua esposa Eurídice e o guiou novamente para fora quando esse a perdeu pela segunda vez.

De acordo com a mitologia,Hermes, teve muitos amores e descendentes. Foram filhos de Hermes: Hermafrodito (com Afrodite), Pan (com a ninfa Dríope), Evandro (com Karmentis) e Dáfnis (com uma ninfa não identificada).




A crença em Hermes espalhou-se por várias regiões da Grécia Antiga. Após a Grécia ser conquistada pelo Império Romano, a figura e o mito de Hermes sofreu um sincretismo com o deus romano Mercúrio (deus do lucro, do comércio e também o mensageiro dos deuses).  


O que representava e importância:


Na mitologia grega, Hermes era o deus mensageiro, dos pesos e medidas, dos pastores, dos oradores, dos poetas, do atletismo, do comércio, das estradas e viagens e das invenções. Era considerado, na Grécia Antiga, o patrono dos diplomatas, dos comerciantes, da ginástica e dos astrônomos.



Hermes foi muito popular na Antiguidade Clássica. Vários templos foram construídos em sua homenagem em várias regiões da Grécia. Como era patrono da ginástica e da luta, havia estátuas de Hermes espalhadas por vários ginásios da Grécia Antiga.





DIONÍSIO




Na mitologia grega, Dionísio era o deus do vinho, pois possuía os conhecimentos e segredos do plantio e colheita da uva. Possuía também os segredos da produção do vinho. Era também associado às festas e atividades relacionadas ao prazer material, o deus do vinho, das farras e da loucura.




O culto a Dionísio ocorreu em várias regiões da Grécia Antiga, chegando até Creta. 



Eram grandes festas ou encenações teatrais. A alegria, os prazeres da vida e os efeitos do vinho eram temas recorrentes nas festividades dionisíacas. Era comum também a oferenda de animais como coelhos e pássaros. 



Dioniso, o que nasceu duas vezes, era filho de Zeus (deus dos deuses) com a princesa Sêmele  , princesa de Tebas, uma mortal, filha de Cadmo e Harmonia.


A esposa de Zeus, Hera, furiosa por sua infidelidade, disfarçou-se de amaseca e sugeriu a Sêmele que testasse a devoção de seu amante pedindo-lhe que aparecesse em toda a sua divina glória.  Sêmele, instigada por Hera, rogou a Zeus que a ela se apresentasse em todo seu esplendor. O deus a preveniu de que seria impossível a qualquer mortal resistir a tal visão, tendo jurado por Estige seus trovões e relâmpagos. 

 Mas como ele havia prometido a Sêmele que concederia tudo o que o seu coração desejasse, Zeus estava preso à sua palavra quando ela insistiu que lhe revelasse a sua divindade.
Com relutância, ele se manifestou como trovão e raio,  Sêmele, que se encontrava grávida na ocasião, não resistiu  e  foi  consumida pelas chamas  dos raios e trovões.
Mas Zeus conseguiu salvar a criança  com o auxílio de Hefesto, que retirou-lhe o filho do ventre e, Hermes, mensageiro dos deuses e patrono da magia, costurou o feto na coxa de Zeus onde, passado o tempo de gestação, Dioniso nasceu.
Hera continuou perseguindo a estranha criança de chifres e enviou os Titãs, os deuses da Terra, para que cortassem Dioniso em pedaços. Mas Zeus salvou o coração da criança, o qual ainda batia, e o transformou em uma poção de sementes de romã.



 A bebida mágica foi oferecida à virgem Perséfone por Hades, o obscuro deus do Submundo, quando este a raptou. Perséfone ficou grávida e foi assim que Dioniso renasceu no Submundo. 



Ele, então, foi chamado Dionisio-Iaco, o que nasceu duas vezes, deus da luz e do êxtase.



 Ordenado por seu pai Zeus a viver entre os homens e a compartilhar de seus sofrimentos, ele foi acometido de loucura por Hera e vagou pelo mundo seguido por sátiros selvagens, mulheres aloucadas e animais. 



Ele deu à humanidade o presente do vinho e concedia o êxtase inebriante e a redenção espiritual àqueles que queriam se desvencilhar do poder e das riquezas materiais. 


Posteriormente, seu pai divino, Zeus, pediu que ele subisse para o Olimpo, onde ocupou o seu lugar à direita do rei dos deuses.

Dionísio era um dos doze deuses olímpicos (habitava o Monte Olimpo), portanto era um dos mais importantes da mitologia e religião grega. E de acordo com a mitologia grega, foi casado com Ariadne (filha do rei Minos de Creta).



Suas origens são incertas. Em algumas fontes aparece como trácio e outras como grego. Mas em muitas destas fontes aparece como sendo estrangeiro. 


Dionísio era conhecido como Baco na mitologia romana.





 O que representava e importância:


É representado nas pinturas e esculturas como um jovem belo, de cabelos longos, quase sempre alegre, efeito da embriaguez por vinho. Em muitas representações, aparece segurando um cacho de uva ou uma taça de vinho. Quando não aparece nu, está coberto por um manto feito de pele de leopardo ou leão.




Amansar e domesticar animais selvagens e ferozes;  realizar o plantio e colheita da uva, assim como a produção do vinho.


 Dionísio era o deus patrono do teatro e da agricultura.




AFRODITE




 Na mitologia grega Afrodite é uma deusa tão velha quanto o tempo, pertencendo a uma linhagem de deusas femininas que representavam a fertilidade na Antiguidade. É a deusa do amor, da beleza e da sexualidade, da fertilidade, do prazer e alegria.  Ela nasceu quando Cronos cortou os órgãos genitais  de Urano e arremessou-os  no mar, e da  espuma que  surgiu na água, ergueu-se a virgem Afrodite.





Afrodite era vista como a responsável pela perpetuação da vida, abrangendo toda a Natureza. Afrodite,  era a personificação dos poderes generativos da natureza e mãe de todos os seres vivos. De acordo com a mitologia, um traço dessa noção parece estar contido na tradição no concurso de Tifão com os deuses, onde Afrodite metamorfoseou-se em um peixe, animal que foi considerado possuindo as maiores potências geradoras; mas de acordo com o mito dos gregos, ela era a deusa do amor, que colocou a paixão nos corações dos deuses e dos homens, e por este poder reinou sobre toda a criação viva.


 Afrodite por ter nascido do mar,  foi venerada desde tempos remotos como deusa do mar e da navegação. No entanto, ela não é uma divindade marinha no sentido em que o são Poseidon e outros senhores do mar. 


A mesma majestade com que ela enche toda a natureza fez do mar o local de sua aparição. Seu advento aplaina as ondas e faz a superfície das águas fulgir como uma joia. Ela é o divino encanto do mar calmo e da feliz travessia, assim como é o encanto da natureza florescente. Ela é denominada “deusa do mar sereno” e faz com que os navios cheguem em boa hora ao porto; por isso ela foi chamada de “deusa da boa viagem”.



Afrodite, juntamente com Apolo, representa a obsessão dos gregos pela  beleza suprema. 


Como deusa da beleza, ela representava a beleza feminina ideal no imaginário grego, sendo considerada a mais bela das mulheres; não de modo virginal, como Ártemis, tampouco toda decoro, como as deusas casadas e da maternidade, antes plena de uma pura beleza e graça feminina, rodeada pelo úmido brilho do prazer, eternamente moça, livre e feliz, tal como nasceu do mar imenso.





As cárites, assim como as horas, que representam amáveis e benfazejos espíritos do crescimento, são suas servidoras e companheiras. Dançam com ela, banham-na, ungem-na e tecem-lhe as vestes. O nome das cárites significa “graça e sedução”, que são justamente os dons com que Afrodite brinda Pandora, a primeira mulher.


A pureza dos sentimentos era muito preservada pelos gregos. O amor tinha que ser honroso, e Afrodite garantia a nobreza dos sentimentos. Esse pensamento parece estar contido em mitos como o de Anaxarete e Narciso.


Afrodite simbolizava não apenas o amor puro, mas o amor passional, a paixão desenfreada e nociva, a loucura dos sentimentos. Isso fica evidente no mito de seu adultério com Ares. A lenda traz uma grande simbologia, o amor e a guerra juntos em um idílio; a paixão e o ódio; a beleza e a rudeza. Afrodite e Ares se tornaram amantes fervorosos e inseparáveis, fazendo a deusa receber o epíteto de Areia e ser feita uma deusa da guerra em Esparta.


Por outro lado, ela distingue-se muito claramente de Eros, que o mito atribui-lhe como filho. 


Na mitologia Eros representa o espírito divino do desejo de procriar e do ato amoroso. O mundo de Afrodite   é  mais amplo e rico, a ideia da essência e do poder divino não emana, como no caso de Eros do sujeito desejante, e sim do amado. Afrodite não é a amante, ela é a beleza e a graça risonha, que fascina. Nesse caso, o que vem primeiro não é o impulso de possuir, mas sim o encanto da aparência que leva de forma irresistível à união. O segredo da completude e unidade do mundo de Afrodite reside em que na atração não atua um poder demoníaco em virtude do qual um ser insensível agarra sua presa. O atraente quer entregar-se, o amável se inclina para aquele que sensibilizou com lânguida franqueza, que o torna ainda mais irresistível.


Afrodite nunca foi criança, sendo constantemente retratada nascendo já adulta, nua e bela. Nos mitos, é normalmente retratada como vaidosa, sedutora, charmosa, uma amante fervorosa que, quando amava, o fazia incondicionalmente, tanto que onde  a deusa pisa com seus pés delicados as flores nascem.


 O mito também relata uma Afrodite bastante maternal, chegando a se sacrificar pelo seu filho Eneias, entrando em combate para protegê-lo. Mas também pode ser retratada como temperamental e facilmente ofendida, vingando-se e punindo mortais como Psiquê. Embora seja casada, Afrodite é um das poucas deusas do panteão que é freqüentemente infiel ao marido.

Casamento com Hefesto: De acordo com uma versão da história de Afrodite, por causa de sua imensa beleza, Zeus teme que os outros deuses passassem a brigar uns com os outros por causa dela. Para evitar isso, ele a obriga a casar-se com Hefesto, o deus ferreiro, sem senso de humor e feio. Em outra versão da história, Afrodite se casa com Hefesto depois que sua mãe, Hera, lança-o do Olimpo, considerando-o muito feio e deformado para habitar com os deuses. Ele se vinga prendendo a mãe num trono mágico que construiu. Em troca de sua libertação, ele pede para ser-lhe dada a mão de Afrodite em casamento.


Hefesto fica feliz por ser casado com a deusa da beleza e forja para ela belas joias, incluindo o cestus, um cinto de ouro que faz dela ainda mais irresistível para os homens. O descontentamento de Afrodite com seu casamento arranjado faz com que busque outras companhias masculinas, na maioria das vezes Ares.


O deus do sol Hélio uma vez espiou Ares e Afrodite amando um ao outro secretamente na sala de Hefesto, e ele prontamente informou o incidente ao cônjuge olímpico de Afrodite. Hefesto conseguiu pegar o casal em flagrante e para tanto ele fez uma rede especial, fina e resistente como o diamante para pegar os amantes ilícitos. No momento apropriado, esta rede foi jogada e encurralou Ares e Afrodite em um abraço apaixonado. Mas Hefesto ainda não estava satisfeito com a sua vingança, ele convidou os deuses e deusas do Olimpo para ver o casal infeliz. 

 Alguns comentaram a beleza de Afrodite, outros opinaram em trocar de lugar ansiosamente com Ares, mas todos zombaram e riram dos dois. Uma vez que o casal foi solto, Ares, embaraçado, fugiu para a sua pátria, Trácia, e Afrodite, envergonhada, fugiu para Chipre. 
De acordo com a mitologia grega o adultério de Afrodite parece ter terminado com seu divórcio de Hefesto. De fato, na época da Guerra de Troia, a deusa aparece como consorte de Ares, e a esposa de Hefesto sendo Aglaia. Hefesto não teria aceitado a traição da deusa com Ares pacificamente e alguns mitos relatam o deus perseguindo a filha de Afrodite e Ares, Harmonia, que teria sido gerada ainda quando Hefesto e Afrodite eram casados. Hefesto amaldiçoou Harmonia e seus descendentes presenteando-a com um colar amaldiçoado no dia de seu casamento. Harmonia só conseguiu viver em paz com seu marido, Cadmos, depois que os deuses a levaram para viver numa ilha isolada. Nas histórias que relatam Afrodite como consorte de Ares, Harmonia foi a única filha nascida durante o casamento de Afrodite e Hefesto. Os outros, Eros (ou Anteros), Deimos e Fobos parecem ter nascido depois.


 Os principais mitos envolvendo a deusa são: a saga da Guerra de Troia, em cujo início e desfecho ela teria tido participação ativa, protegendo a cidade de Troia e os amantes Helena e Páris; sua perseguição a mortais que a ofenderam, como Psiquê e Hipólito; as bênçãos dadas a fiéis como Pigmaleão para viverem com suas amadas; e seus diversos casos amorosos, como Ares e Adônis.


Afrodite é um dos poucos deuses cujas ações são a maior causa da Guerra de Troia: ela oferece Helena para Páris e é responsável por os dois se tornarem tão apaixonados, de modo que Páris acaba raptando Helena, dando início à Guerra de Troia. Na guerra, Afrodite se tornou um dos deuses protetores de Troia, juntamente com Ares, Apolo, Ártemis e Leto. Ela também se tornou protetora de Helena, Heitor e Páris, salvando a vida deste em um duelo. Na guerra, ela também protegeu seu filho mortal, Eneias, e por causa disso acabou sendo ferida em combate. Mesmo com a proteção de Afrodite, depois de dez anos de guerra entre os aqueus e os troianos, Troia foi vencida e destruída.


Protegidos da deusa: Afrodite, como os demais deuses, apadrinhou alguns personagens na mitologia; essa proteção ocorreu com indivíduos onde o amor e a beleza - atributos de Afrodite - se destacavam. O amor proibido de Páris e Helena garantiu a esta a simpatia da deusa até depois do fim da guerra de Troia; graças a Afrodite, Menelau perdoou Helena pela traição e eles se reconciliaram. 



Um dos seus abençoados mais famosos foi Pigmaleão, um escultor e rei de Chipre, que se apaixonou por uma estátua que esculpira ao tentar reproduzir a mulher ideal. Ele havia decidido viver em celibato em Chipre por não concordar com a atitude libertina das mulheres dali, que haviam dado fama à mesma como lugar de cortesãs. Afrodite, apiedando-se dele e atendendo a seu pedido, não encontrando na ilha uma mulher que chegasse aos pés da que Pigmaleão esculpira, em beleza e pudor, transformou a estátua numa mulher de carne e osso, com quem Pigmaleão casou-se e, nove meses depois, teve uma filha chamada Pafos, que deu nome à ilha.

Além de sua proteção aos amantes e apaixonados, a deusa protegeu membros da sua família, mesmo os distantes como sua neta Ino, que ela salvou da ira de Hera transformando-a em ave. Afrodite também concedeu beleza às Coronides, duas filhas de Órion, depois da morte da mãe delas. De forma semelhante, ela cuidou das filhas órfãs de Pandareus, um favorito de Deméter que foi transformado em pedra após tentar roubar bronze do templo de Zeus. Suas filhas, Cleodora e Mérope, que ficaram também órfãs de mãe, foram protegidas por Afrodite, que cuidou delas e as sustentou. Entretanto, quando Afrodite foi falar com Zeus para garantir um casamento feliz para as meninas, elas foram levadas pelas Erínias. 


Hipômenes: A corrida de Hipômenes foi vencida por este, com ajuda de Afrodite.  Um príncipe de Onquesto, na Beócia, chamado Hipômenes, se apaixonou por Atalanta. Ela era uma caçadora e não gostava da ideia de se casar e queria ficar virgem para ser consagrada a Ártemis. Aborrecida por homens que admiravam a sua beleza enquanto ela corria pela floresta, disse que quem quisesse se casar com ela teria que ganhar uma corrida a pé (sabendo que ela era uma corredora excepcionalmente rápida), mas com a condição de que aqueles que perdessem seriam punidos com a morte.


Atalanta bateu todos os pretendentes, exceto Hipômenes, que a derrotou pela sua astúcia, e não pela velocidade. Hipômenes sabia que ele não poderia ganhar Atalanta numa corrida e implorou ajuda a Afrodite, que, como deusa do amor, não gostava da rejeição de Atalanta ao sentimento. Então Afrodite lhe deu três maçãs de ouro sagradas de Tâmaso, Chipre, do jardim das Hespérides, dizendo para Hipômenes que as deixasse cair na corrida para distrair Atalanta. Depois de largar as duas primeiras maçãs, Atalanta foi capaz de pegá-las e continuar a corrida, mas quando a terceira maçã caiu e Atalanta parou para pegar, ela não conseguiu recuperar rapidamente e Hipômenes venceu a corrida e, com isso, a mão de Atalanta.

Ira da deusa: Embora seja considerada a deusa do amor, Afrodite não foi muito amável com seus adversários, sendo muito vingativa e impiedosa nas suas vinganças. Uma das coisas comuns que irava a deusa era quando ela privilegiou mortais e eles não a honraram, como Hipômenes, que não teria pagado a Afrodite os devidos tributos por ela tê-lo ajudado na corrida. Afrodite teria se vingado levando Hipômenes a ter relações sexuais com Atalanta no templo de Reia, fazendo com que essa deusa transformasse a dupla em leões. Outro caso famoso foi o de Menelau, príncipe de Micenas e mais tarde rei da Lacedemônia, que como uma centena de outros pretendentes pediu a mão de Helena em casamento. Ele prometeu sacrificar a Afrodite cem cabeças de gado se ganhasse o concurso, mas após o casamento não honrou sua promessa. A deusa teria se vingado fazendo Helena se apaixonar por Páris e fugir com ele para Troia.


Outra causa para suas vinganças são retaliações pessoais;para punir o deus Sol, Hélio, por ter advertido Hefesto do seu adultério com Ares, ela o fez se apaixonar por Leucoteia, uma princesa persa, e sem querer provocar sua morte. Castigou da mesma maneira a musa Clio, que havia criticado o seu amor por Adônis, fazendo-a apaixonar-se pelo mortal Pieros.


Como deusa do amor, foi justiceira dos românticos e odiava quando alguém rejeitava o amor. Um caso famoso é o de Narciso, um belo jovem de Fócida, que era bastante orgulhoso e insensível.



Narciso menosprezava todas as jovens que se apaixonavam por ele, incluindo uma ninfa chamada Eco. Afrodite o puniu por sua arrogância, fazendo-o se apaixonar pelo seu próprio reflexo. O rapaz acabou morrendo olhando para o seu reflexo no lago e foi transformado pela deusa em uma flor, narciso.


A morte de Hipólito: Hipólito foi um que ganhou a ira de Afrodite por rejeitar o amor. Filho de Teseu e de Hipólita, a rainha das amazonas, cultuava Ártemis a quem dedicou sua vida e fez voto de celibato. Hipólito recusou-se a honrar ou fazer ritos a Afrodite, por ela ser a deusa do amor e ele desprezava o sentimento. Afrodite, com raiva, fez Fedra, segunda esposa de Teseu, apaixonar-se por seu enteado. Fedra tentou resistir à paixão, lutou contra seu desejo ilícito e ficou doente. Finalmente, uma criada descobriu a causa de sua miséria e falou a Hipólito em favor dela. 



Ele ficou tão insultado e horrorizado diante da sugestão de ter um romance com sua madrasta que irrompeu num discurso longo e alto, que ela pode ouvir. Rejeitada e humilhada, Fedra suicidou-se deixando uma mensagem a Teseu onde acusou falsamente Hipólito de violentá-la. Teseu expulsou o rapaz e invocou a punição de Poseidon, que provocou um acidente com a carruagem de Hipólito. O jovem conduzia seu carro junto ao mar quando, assustados por um monstro marinho, seus cavalos precipitaram-se pelas rochas causando-lhe a morte. Enquanto Hipólito morria, ouviu-se a voz de Ártemis, que revelou a verdade a Teseu. 

 Devido a esse ocorrido , Ártemis matou Adônis, o qual, tinha sido relacionado como um dos favoritos de Afrodite, que fora responsável pela morte de Hipólito, que tinha sido um favorito de Ártemis. Portanto, Ártemis matou Adônis para vingar a morte de Hipólito.



Perseguição a Psiquê:  Psiquê é a mais famosa de um ciclo de três personagens da mitologia que ganharam o ódio de Afrodite por serem vangloriados como mais bonitos do que ela. Psiquê foi uma princesa mortal cuja enorme beleza fez os homens abandonarem a adoração a Afrodite para admirá-la, irritando a deusa, que não aceitava que uma simples mortal merecesse mais adoração do que ela.


Afrodite ordenou a seu filho Eros que fizesse Psiquê se apaixonar por um monstro, mas o próprio deus se apaixonou por ela e a levou para morar com ele num palácio em segredo. No entanto, Eros escondeu sua verdadeira identidade e ordenou-lhe para nunca mais olhar para o rosto dele. Psiquê acabou sendo enganada por suas irmãs invejosas e viu o rosto do deus enquanto este dormia, e ele a abandonou. Em seu desespero, ela procurou ajuda em todo o mundo por seu amor perdido e acabou parando no templo de Afrodite. A deusa, vendo que tinha sido enganada pelo filho, ordenou que Psiquê realizasse uma série de trabalhos difíceis, que culminaram em uma viagem ao submundo. No final, Afrodite aceitou Psiquê como nora, quando Eros clamou ajuda a Zeus, que transformou a garota em imortal. Psiquê e Eros se casaram em uma cerimônia com a presença dos deuses.

Os outros dois casos de mortais que tiveram sua beleza vangloriada, irritando Afrodite, foi Aquiles, um filho de Zeus e Lâmia, um menino de extraordinária beleza que desafiou Afrodite para um concurso de beleza. A deusa foi ofendida por sua arrogância e transformou-o em um peixe feio. Cencreis, a rainha de Chipre que se gabava que sua filha Mirra era mais bonita que Afrodite, acabou recebendo o ódio da deusa, que deu origem ao mito de Adônis.


Adônis: 
 Cíniras, o rei de Chipre, teve uma filha muito bela chamada Mirra. A mãe de Mirra, Cencreis, vivia se gabando que sua filha era mais bonita que Afrodite. Então, Mirra foi punida por Afrodite, que a fez desejar o próprio pai. Secretamente, Mirra se disfarçou de prostituta e dormiu com o pai durante a noite. 



Posteriormente, Mirra ficou grávida e foi descoberta por Cíniras, que num acesso de raiva, perseguiu-a.  Mirra fugiu  orando aos deuses que ouviram sua súplica e a transformaram em uma árvore de mirra . Posteriormente, Cíniras tirou a própria vida na tentativa de restaurar a honra da família.
Mirra deu à luz um menino chamado Adônis. Afrodite passou pela árvore de mirra e, vendo-o, teve pena da criança,  e o levou para o mundo inferior, para que Hades e Perséfone cuidassem ele. Adônis cresceu e se transformou em um jovem extraordinariamente bonito, e Afrodite acabou se apaixonando por ele. Perséfone, não estava disposta a abrir mão dele  e Zeus foi forçado a interferir. Ele decretou que Adônis passaria um terço do ano com Afrodite, um terço com Perséfone e um terço com quem ele quisesse. Adônis, que amava Afrodite, começou seu ano na Terra com Afrodite. 
Obrigada a deixar Adônis por um curto período de tempo, aviso-o de não atacar um animal que não demonstrasse medo. Adônis concordou com o seu conselho, mas, por duvidar de sua habilidade como caçadora, rapidamente esqueceu o aviso.
 Adônis se deparou com um enorme javali, este javali era o deus Ares, um dos amantes de Afrodite que  estava com ciúmes do amor desta com Adônis. Embora javalis sejam perigosos quando provocados, Adônis ignorou o aviso de Afrodite e perseguiu a criatura gigante, a qual ele não era páreo.  Incentivado por Ártemis, Ares em forma de javali, atacou . No ataque, Adônis foi castrado pelo javali e morreu de perda de sangue. Afrodite foi avisada,  pelo ventos ou pelas ninfas e correu de volta para Adônis, mas era muito tarde para salvá-lo e ela só pôde lamentar sobre seu corpo. 





Consortes e filhos: 
Afrodite era constantemente retratada acompanha de Eros, seu filho mais famoso.


Os mitos mais importantes da deusa, como Ares e Adônis, giram em torno do amor, que era o atributo principal de Afrodite. O seu primeiro amor teria sido Nérites, um jovem deus do oceano que ela amou ainda quando vivia no mar. Quando Afrodite saiu do oceano e foi viver no Olimpo, ela voltou ao mar para buscar Nerites para que ele vivesse com ela. Entretanto, o deus se recusou a ir com Afrodite. Ela com raiva e traída, transformou Nerites em um molusco.

Zeus teria tentando seduzir a deusa assim que ela saiu do mar no Chipre. Porém, esta, assustada com os avanços do deus do Olimpo, saiu correndo. Mais tarde, teria se entregado a Zeus de livre e espontânea vontade, ganhando o ódio eterno de Hera, sua esposa. Esta, quando soube que Afrodite estava grávida , maldosamente colocou a mão em sua barriga, fazendo o seu filho nascer deformado. Essa criança viria ser o deus Príapo (deus da fertilidade) , filho de Dionísio .


Outros amores divinos incluem  Hermes, com quem teve Hermafrodito, e Poseidon, com quem ela ficou encantada e agradecida por ele ter convencido Hefesto a soltá-la e a Ares, quando pegou os dois juntos. Com Poseidon teve Rode e Herófile.


Seu principal consorte e romance mais longo foi Ares,e tiveram sete filhos: Fobos, Deimos, Harmonia e os Erotes: Eros, Anteros, Himeros e Fotos, embora a maioria dos mitos retratem Afrodite gerando Eros sozinha.


Entre seus amores mortais, o mais famoso foi Adônis, que era tido como seu grande amor e com quem teve Golgos e Béroe, que deu nome à capital do Líbano. Anquises, príncipe de Troia, foi outro amor famoso, e algumas versões do mito dizem que Afrodite se apaixonou por ele como punição de Zeus por ela ter feito os deuses se apaixonarem por mulheres mortais. Com Anquises teve Eneias e Liros, e logo depois do nascimento dos filhos, sua paixão por Anquises sumiu, embora continuasse a protegê-lo e aos seus filhos.


Entre outros amores mortais menos famosos está Faetonte, um senhor de Atenas que se tornou guarda de seu templo, a quem ela amou e com quem teve Astínoo. Butes, um dos Argonautas, foi salvo por Afrodite, que o levou para uma ilha isolada onde fizeram amor; ela teve Erix com ele. Há ainda uma daimon, Peito, que personificava o desejo, uma companheira constante de Afrodite, e que era vista em uns mitos como filha da deusa. 




Na mitologia romana, Afrodite era chamada de Vênus.




Aquela  que deu o germe das plantas e das árvores, foi ela que reuniu nos laços da sociedade os primeiros homens, espíritos ferozes e bárbaros, foi ela que ensinou a cada ser a unir-se a uma companheira. Foi ela que nos proporcionou as inúmeras espécies de aves e a multiplicação dos rebanhos. O carneiro furioso luta, às chifradas, com o carneiro, mas teme ferir a ovelha. O touro cujos longos mugidos faziam ecoar os vales e os bosques abandona a ferocidade, quando vê a novilha. O mesmo poder sustenta tudo quanto vive sob os amplos mares e povoa as águas de peixes sem conta. Vênus foi a primeira em despojar os homens do aspecto feroz que lhes era peculiar. 



O que representava e importância:





 O templo de Afrodite estava em uma colina a cerca de dois quilômetros para o interior, com vista para o mar. A cidade de Palea logo surgiu ao redor do templo. Seus símbolos incluem a murta, o golfinho, o pombo, o cisne, a rosa, a romã, limeira, pérolas e joias.


Afrodite é a deusa do amor, da beleza corporal e do sexo. Para os gregos, ela tinha uma forte influência no desenvolvimento e prazer sexual das pessoas. Era considerada também a deusa protetora das prostitutas na Grécia Antiga. Foi cultuada nas cidades de Esparta, Atenas e Corinto.

Esta deusa inspirou vários artistas (pintores e escultores), principalmente, na época do Renascimento Cultural. Uma das obras mais conhecidas é “O nascimento de Vênus” do pintor renascentista italiano Sandro Botticelli.

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